Substituição das fluorescentes da área comum deve ser concluída no primeiro semestre. Além da economia, ação melhora desempenho de câmeras de segurança. Segundo síndico, economia refletirá em uma taxa de condomínio mais barata.

    Em junho de 2016, o poder público restringiu ainda mais a fabricação e a comercialização de lâmpadas incandescentes no Brasil. A política, que estimula a produção de itens com mais eficiência energética, deixa a população com novo desafio pela frente: investir em lâmpadas de LED ou Fluorescentes? Os moradores do Residencial Harmonia, no Eldorado Parque, estudaram o assunto e não tiveram dúvidas.

    Em cinco meses, substituíram 60% dos dispositivos fluorescentes da área comum por itens de LED e acumularam nesse período uma redução de 20% no valor da conta de energia do condomínio. De acordo com o síndico Rodolfo de Oliveira, as trocas estão sendo feitas paulatinamente para não pesar no condomínio, que tem valor médio de R$ 180. “Conseguimos fazer de modo que impactasse pouco no bolso das 140 famílias residentes e nossa meta é concluir as substituições no segundo trimestre de 2017. O melhor é que ainda teremos redução indireta da taxa de condomínio”. Ainda foram instalados oito sensores de presença nos halls e entradas do prédio.

    Conforme expõe Rodolfo, esta não é uma ação isolada. “O LED foi escolhido pela melhor relação custo benefício. A durabilidade é maior, a qualidade da iluminação é melhor e o investimento é pago em poucos meses. Neste ano, vamos iniciar um trabalho de conscientização voltado para economia de energia, para que as pessoas possam instalar esse tipo de iluminação também em casa”. O síndico ressalta que, além da economia, as lâmpadas de LED colaboram para uma melhor visualização das imagens das câmeras de segurança. “Tudo melhora, inclusive a segurança”, observa.

       De acordo com a engenheira eletricista Maria das Graças Ribeiro Teixeira a decisão dos moradores foi acertada. “As lâmpadas de LED não perdem luminosidade ao longo do uso como acontece com as lâmpadas fluorescentes. Um projeto bem dimensionado pode resultar em excelentes resultados com a utilização desses dispositivos”. Segundo quadro preparado pela profissional (abaixo), o investimento em LEDs rende 7,6 vezes menos gasto com energia em cinco anos em relação às incandescentes.

    As lâmpadas de LED possuem mais eficiência luminosa em comparação com as incandescentes e fluorescentes, de acordo com a especialista. “Na dúvida sobre qual tipo comprar, este pode ser um parâmetro de decisão. É esse critério que define quantos lumens a lâmpada produz por Watt consumido. Quanto maior esse número, melhor”. Veja o quadro preparado pela engenheira:

    Outro ponto positivo dessas lâmpadas é a vida útil. Segundo dados do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), incandescentes duram em média mil horas; as florescentes, 6 mil; e as de LED, cerca de 25 mil horas. “Outra vantagem é a sustentabilidade em relação às fluorescentes, que não liberam mercúrio em seu processo de descarte”, ressalta a engenheira.

Por Hugo Oliveira, da Comunicação Sem Fronteiras